segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Renato Teixeira e Sérgio Reis gravam DVD com música de Victor Chaves

Show de Sérgio Reis e Renato Teixeira emociona em BH

Uma hora e meia de apresentação, 25 músicas e 81 anos de carreira: 49 de Sérgio Reis, que lançou o primeiro disco em 1961, e 32 de Renato Teixeira, com debut de 1978. Foi assim o show Amizade sincera, apresentado no palco do Chevrolet Hall sexta-feira. Na plateia, todas as gerações. Crianças, jovens, adultos e idosos. No palco, violas, violões, baixo, bateria, bandolim, flauta e clarinete acompanhados de luz e cenografia impecáveis. A arena do Chevrolet Hall, que não costuma oferecer a melhor acústica, recebeu mais de 2 mil pessoas, o que costuma favorecer o som.

Quem foi para ouvir os clássicos não se decepcionou. Amanheceu, peguei a viola; Menino da porteira;Panela velha; Tocando em frente; e Romaria estavam no repertório. “A gente não precisa mais fazer música, já somos famosos, vamos só cantar”, brincou Sérgio Reis, em um dos causos que contavam entre as músicas, contando como Renato Teixeira teve a ideia do show.

Mas houve sim a apresentação de uma inédita, Companheiro meu, que Teixeira escreveu com Victor Chaves, da dupla Victor e Léo. Dois representantes da cena atual estão no repertório do show, que será lançado em DVD pela Som Livre – Victor e Léo com a faixa Vida boa e Paula Fernandes interpretandoTristeza do Jeca (de Angelino de Oliveira). Eles não estavam no Chevrolet, mas foram os escolhidos para o que Sérgio Reis chamou de “prestar homenagem à nova geração”.

Outros nomes mais novos estavam no palco. Chico Teixeira, na viola de 12, e o baixista João Lavraz, filhos de Renato Teixeira são bom exemplo. Impressionante a semelhança na voz de Chico e Renato. Foi difícil distinguir quem cantava quando os dois interpretaram juntos Pai e filho, releitura de Father and sonde Cat Stevens.

Sérgio Reis também cantou com o herdeiro, Paulo Reis e sua viola de 10 cordas, a canção Filho adotivo. Outro filho de Sérgio, Marco Bavini também estava no palco com uma viola caipira e mostrou que sabe cantar, nos backing vocals e em Tristeza do jeca. Entre os veteranos, o baterista Dudu Portes que, nos muitos trabalhos, gravou Falso brilhante, de Elis Regina.

O berrante apareceu nas mãos de Sérgio Reis, que brincou apelidando de “vuvuzela caipira.” Mas o fôlego para o instrumento não é o mesmo que o mantém no palco. No alto de seus 70 anos, o veterano já canta sentado boa parte do show e entrega menos voz que o parceiro. Velhos amigos e bons vizinhos da Serra da Cantareira em São Paulo, Renato e Sérgio conversaram o show inteiro entre eles e com o público, que se divertiu, cantou junto e aplaudiu até o final do único bis que apresentou Chalana,Felicidade e Encosta tua cabecinha no meu ombro.

Fonte: www.divirta-se.uai.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário